Sistema Educacional
Compreendemos que o sistema educacional impõem mudanças, por conta de novas tecnologias que operam transformações no modelo econômico, cultural e social. Em quase todos os países há uma pressão neoliberal no campo da educação.
Em geral, as parcerias e objetivos dos organismos multilaterais de crédito não estão fixados demasiadamente numa imposição tecnicista? Como definir os parâmetros que nos permitam a construção de currículos que respondam às urgências e necessidades, sem que elas estejam atreladas aos interesses mercadológicos do esquema neoliberal que sustentam essas ajudas? Qualquer projeto educacional que o Brasil esteja formulando, já acaba incluindo a intenção de um acordo com o BIRD.
Quando Galileu Galilei (1564-1642) propôs a renovação da ciência de sua época, abandonando a confiança na autoridade, no senso comum e na tradição. Busca uma ciência livre de tudo aquilo que prende tanto a cultura quanto a teologia.
Por certo Galileu não sonhava com as teorias do neoliberalismo e das políticas econômicas de bancos internacionais que se obtenham recursos, ditam regras como num jogo.
O fracionamento dos saberes tende a justificar a finalidade única da competição tanto para ingressar no ensino superior quanto para o mercado de trabalho. O desafio do pensar junto às disciplinas que compõem a organização do currículo do ensino médio. Como vivenciarmos o espaço escolar se não dispomos de tempo para tantos, para um planejar constante, corremos atrás de mostrar dados para organismos internacionais. Um professor com uma carga horária de 40 horas semanais teria 20 horas para planejar e outras 20 em sala de aula. Com isso sairíamos do campo das ideias e concretizaríamos este sonho. Fora disso continuaremos a residir no terreno pantanoso da utopia.
Segundo Carraro (2010, p. 145). “A escola pública em sua grande maioria são pouco atraentes”. Diríamos que nenhuma escola pública é atraente, não oferece espaço para novas experiências, atividades culturais