Sistema de Saúde no Reino Unido

Sistema de Saúde
Do
Reino Unido

Sistema de Saúde do Reino Unido
O Reino Unido, com base numa maior responsabilidade do Estado e numa diferente amplitude nas prestações, aderiu, por decisão de um Governo do Partido Liberal, a um sistema de financiamento dos cuidados de saúde. Foi, então, em 1948, o primeiro País a criar o Sistema Nacional de Saúde (doravante SNS). O Modelo de financiamento, conhecido pelo Modelo de Beveridge, manteve-se inalterado até os anos 80, onde o Estado era detentor de tudo. O Sistema de Saúde do Reino Unido, assenta no princípio da responsabilização da sociedade por assegurar um serviço gratuito no ponto de acesso e acessível a todos os residentes. O governo adota, assim, um sistema de financiamento dos cuidados de saúde através das contribuições dos trabalhadores em favor de mútuas que se responsabilizam pelo pagamento aos prestadores.
Trata-se, portanto, de um sistema universal porque abarca toda a população, unificado porque a quotização cobre o cidadão em relação a todos os aspetos do risco social e uniforme porque as prestações são independentes do rendimento auferido. (SIMÕES, J., 2004).
A partir dos anos 80, introduziu-se o conceito de mercado interno - no qual as autoridades locais de saúde passaram a gerir apenas indiretamente as unidades de saúde, transformando-se apenas em compradores dos serviços prestados por eles próprios ou por outro tipo de entidades, como as privadas – surgindo em simultâneo com o conceito de reforma, por Margaret Thatcher. Além disso, criaram-se grupos de centros de saúde responsáveis pela gestão e acesso aos cuidados de saúde por parte dos utentes, os GP Fundholders. Como o Estado estava alheio às necessidades da população, passou o cargo para os GP Fundholders, que tinham também uma função preventiva, de avaliar a população e manter contratos com os prestadores.
Em meados do início dos anos 90, surgiram os NHS Trusts (National Health Service Trusts), que são Serviços Nacionais