inglaterra
Bases de Financiamento do Sistema de Saúde
A maior parte do financiamento do sistema de saúde britânico advém do setor público, principalmente de impostos gerais, com uma pequena contribuição do sistema de Seguridade Social; portanto, o sistema público inglês conta com fontes de financiamento semelhante às do SUS.
De acordo com documento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2003), o único gasto dos cidadãos britânicos no sistema público de saúde refere-se ao pagamento de US$ 9,00 por prescrição medicamentosa ambulatorial. Disso uma pequena parte de recursos obtida pelo sistema que não advém de fundos públicos (Docteur e Oxley, 2003). No entanto, devido às isenções existentes no sistema, em 1997, aproximadamente 80% de toda a prescrição medicamentosa do NHS era dispensada de forma gratuita.
Com relação à porcentagem do PIB gasta em saúde, apesar de o Reino Unido apresentar uma tendência ao aumento desse percentual nas últimas décadas, este ainda é inferior aos de outros países da OECD (Tabela 1). Os dados disponíveis mostram que os britânicos gastaram, em 2001 (Robinson, 2004), 7,6% do PIB em saúde, ao passo que os demais países da organização gastaram, em média, 8,4% do PIB. Da mesma forma, quando comparado com o mesmo rol de países, o Reino Unido possui um dos menores gastos totais em saúde per capita, conforme apresentado na tabela 2. Ainda adotando os dados da OCDE como parâmetro, o Reino Unido apresentou em 2003 um gasto público equivalente a 82% dos gastos totais em saúde, contra uma média de 72% dos demais países da OCDE (2003); portanto, o sistema britânico possui uma das mais altas porcentagens de gasto público em saúde, como porcentagem do gasto total, em comparação aos países analisados anteriormente (Gráfico 1). Os dados apresentados no Boletim de políticas publicas (2005, p.33-41) mostram que o Brasil gasta 7,6% do PIB com saúde, porcentagem idêntica ao sistema britânico em 2001, sendo apenas 42% do setor