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A síndrome da congestão pulmonar se caracteriza pela dispnéia progressiva aos esforços físicos, tosse seca, dispnéia paroxística noturna e ortopnéia. A dispnéia aos esforços indica fundamentalmente falência do ventrículo esquerdo. O grau da atividade que causa dispnéia aumenta durante a história da doença, sendo essa a diferença para a falta de ar em pessoas normais, pois a dispnéia em questão começa com atividades intensas como caminhar certa distância ou subir uma ladeira, que antes eram executadas sem problemas. A disfunção ventricular esquerda progride, o que leva a uma diminuição da intensidade do esforço que induz a dispnéia, culminando com a impossibilidade em realizar atos como caminhar em casa ou, como é o caso da paciente em questão, tomar banho. Esse sintoma pode não aparecer em indivíduos sedentários, acamados ou incapacitados. Ele pode também ser ignorado erroneamente em pacientes idosos, sendo atribuído às limitações da idade avançada. Nesse caso, é necessário explorar o sintoma com mais profundidade. A intensidade do exercício que causa a dispnéia não é necessariamente proporcional ao dano cardíaco, pois essa relação depende de fatores como condicionamento físico prévio, obesidade ou outras incapacidades. A ortopnéia é a dispnéia em posição deitada, no padrão habitual do indivíduo, que melhora à medida que o paciente aumenta o ângulo em relação ao plano do leito com travesseiros, depois de sentar ou de ficar em pé. Ela ocorre devido ao fato de, pelo decúbito dorsal, aumentar do retorno venoso e descolar o fluxo sanguíneo do compartimento extratorácico para o torácico. Isso aumenta as pressões capilares e venosas pulmonares, causando edema intersticial, redução da complacência pulmonar, aumento da resistência das vias aéreas e dispnéia. A ortopnéia ocorre logo após o paciente se deitar e é aliviada quando ele