Sistema de informação radiológica
Os sistemas de informação para gerenciamento de imagens e informações clínicas surgiram no final da década de 80, quando os processos de aquisição digital começaram a ser utilizados em larga escala nos hospitais. Naquela época, cada equipamento era considerado um sistema isolado, estando conectado somente à sua estação de trabalho e a uma determinada impressora(1).
O potencial diagnóstico dos primeiros sistemas, em conjunto com o crescimento dos processos de distribuição de informação em formato digital, criou a necessidade de estabelecer um padrão para a obtenção e comunicação de imagens médicas em formato digital. Em resposta a esta necessidade, a National Electrical Manufacturers Association (NEMA) e a Radiology Society of North America (RSNA), em conjunto com uma série de empresas e universidades americanas, criaram o padrão DICOM ("Digital Imaging and Communication in Medicine"). O DICOM foi apresentado ao público pela primeira vez no encontro de 1993 da RSNA(1,2).
A padronização através do DICOM foi fundamental para o desenvolvimento e implantação dos Sistemas de Arquivamento e Comunicação de Imagens (PACS - "Picture Archiving and Communication System"). O PACS vem-se tornando rapidamente a melhor opção tecnológica para as tarefas de transmissão, armazenamento e recuperação de imagens médicas, formando em conjunto com os Sistemas de Informação em Radiologia (RIS - "Radiology Information System") e de Informação Hospitalar (HIS - "Hospital Information System") a base para umserviço de radiologia sem filme ("filmless").
Radiologia "filmless" refere-se a um hospital com um ambiente de rede de computadores amplo e integrado, no qual o filme foi completamente, ou em grande parte, substituído por sistemas eletrônicos que adquirem, arquivam, disponibilizam e exibem essas imagens.
A implantação de um serviço de radiologia "filmless" tem como objetivo trazer melhorias na acessibilidade, integração das informações pela vinculação de imagens ao registro