sistema carcerario

O SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO
Nos últimos meses a população tem acompanhado os episódios de violência nos presídios maranhenses. Ainda que violência e homicídios sejam comuns na maioria dos presídios brasileiros, o estado do Maranhão tem sido o que mais choca pela brutalidade, como as decapitação de diversos presos feita por presos de facções rivais e que foram ainda, filmadas com aparelhos celulares dos próprios presos. Porém se engana quem pensa que essa situação é exclusividade do Maranhão, pois esse é o retrato do sistema carcerário brasileiro. Segundo estatísticas do Centro Internacional para Estudos Prisionais referentes ao ano de 2013, a população carcerária brasileira é de 548 mil presos, num mundo de 190 milhões de pessoas. Podemos concluir que a cada 100 mil habitantes, 274 estão presos, o que é relativamente alto se compararmos com a Argentina, Bolívia, França, Alemanha, Espanha e Portugal. É claro que existem países com números muito mais altos que os brasileiros, como, por exemplo, os EUA, Cuba, Rússia e Ruanda. Entretanto, uma enorme população carcerária, apesar de ser uma das causas do estado do sistema penitenciário, não é sua única causa. Tudo acontece porque o Brasil opta por uma política criminal ultrapassada, que ainda acredita que o direito penal e a pena de prisão são instrumentos eficazes no combate à criminalidade, pois podem ressocializar o criminoso condenado. Ninguém percebe que não se ressocializa alguém afastando-o da sociedade. Assim, se por um lado o Estado prende um número enorme de pessoas, por outro não investe nos sistemas prisionais que deveriam promover a tal ressocialização. Dentro dos presídios os condenados tem seus direitos desrespeitados pelo Estado, são subjugados por facções criminosas e não desenvolvem nenhuma atividade útil. A CPI do Sistema Carcerário em 2008, constatou que no estado do Maranhão a situação carcerária já era muito preocupante, principalmente no Complexo de Pedrinhas. Segundo