SINTOMAS PSIQUI TRICOS E EMOCIONAIS
“Historicamente, as doenças eram atribuidas ao temperamento quando a ciência deixava de, ou se recusava a, procurar respostas.’’ Os profissionais médicos geralmente encaram a depressão, ou incapacidade de lidar produtivamente com o estresse, como a causa de qualquer sintoma para o qual não é evidente uma causa fisiológica. A psiquiatria torna-se um depositário conveniente para aquelas doenças inesplicáveis. Entretanto, a atribuição indiscriminada de sintomas a fatores psicológicos é inapropriada. Quando não se consegue encontrar uma causa “organica”, podem nos dizer que este é um problema “emocional”, que está “tudo nas nossas cabeças”. Como a SFC (Sindrome da Fadiga Cronica) e a SFM (Sindrome da Fibromialgia), são desordens do processamento central e da sensibilização, os problemas estão em nossas mentes. A idéia de que não conseguimos administrar nossa vida, fabricar sintomas ou desenvolver doenças, a fim de receber atenção especial, é ridícula. Atribuição de enfermidade a tais motivações conscientes ou inconscientes é inexata, injusta e insultante. Frases como “não consigo lidar com o estresse” e “a mente controla e influencia o corpo” acrescentam insulto à enfermidade. Os sintomas emocionais não são menos reais que os físicos, não havendo nenhuma linha de demarcação entre os dois. Emoções relacionadas com doenças – depressão, ansiedade, ira, frustração e desapontamento- são partes da situação e apropriadas para ela. Qualquer doença é um evento emocional. Depressão, ansiedade, desordem do pânico, mudanças repentinas de humor, irritabilidade e acesso de raiva podem acompanhar a SFC e a SFM como resultado de anormalidades neuro-hormonais e o estresse de se estar doente. Mudanças de humor abruptas podem ser desencadeadas por eventos menores ou ocorrer sem causa aparente. Quando estamos muito doentes, até input sensorial de pequeno grau é intolerável. Músicas ou conversas tornam-se irritantes. O