Sintese Teses Sobre Feuerbach
O texto em tela “As Teses sobre Feuerbach” são onze notas filosóficas escritas por Marx em 1845. Essas teses explicitam a crítica de Marx sobre o pensamento filosófico de Ludwig Feuerbach. Em tais Teses podem ser observados elementos importantes para a compreensão dos pressupostos marxistas: o materialismo, práxis, homem analisado nas suas relações sociais, a relação da teoria com a prática.
Marx tece críticas ao materialismo contemplativo de Feuerbach, colocando que este padece dos mesmos problemas dos materialistas até então que apreendem o mundo sensível enquanto objeto, de forma subjetiva, imutável e não como atividade humana concreta, prática transformadora. Marx, dessa forma, fundamenta a teoria do conhecimento no campo da práxis. Ele diferencia o pensamento de Feuerbach do idealismo, pois coloca que este não se atém aos objetos do pensamento, ele “apela ao conhecimento sensível; mas, não toma o mundo sensível como atividade humana sensível prática.” (Tese 5)
Na sua terceira tese, Marx critica a doutrina materialista, que ao considerar que “os seres humanos são produtos das circunstâncias e da educação, [de que] seres humanos transformados são, portanto, produtos de outras circunstâncias e de uma educação mudada” perdem de vista que “essas circunstâncias são transformadas precisamente pelos seres humanos e que o educador tem ele próprio de ser educado”. Dessa forma, Marx introduz o conceito de “práxis revolucionária”.
Esse conceito se relaciona com a décima primeira tese, na qual Marx crítica o idealismo dos filósofos alemães, e o materialismo até então, pois segundo ele “os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.” (Tese 11)
Karl Marx destaca que, Feuerbach irá analisar o homem enquanto sujeito abstrato, isolado, e que a essência humana é o ser do homem e este deve se contentar com essa essência. Marx se contrapõe a esse