Sintese do manifesto comunista
Marx e Engels analisam no Manifesto do Partido Comunista, a progressão histórica da economia mundial e a ela atribuem a dualidade entre burguesia e proletariado, classes que reproduzem em sua época os conflitos sociais que se desenvolveram no decorrer da história, nas mais variadas épocas. A sociedade burguesa, considerada por eles revolucionária por ter sido decisiva no rompimento de parte da sociedade européia com o modo de produção feudal, é considerada após alçar-se ao poder como uma mera reprodução moderna das relações de poder que perduram, segundo Marx, desde a antiguidade. A “revolução” burguesa serviu simplesmente para que essa classe pudesse ascender ao poder sem, entretanto, modificar a superestrutura mantendo embora em mãos diversas e sob uma estrutura social um tanto diferente, a concentração de poderes sob uma pequena elite em detrimento da maioria. De acordo com o explanado no texto, os servos feudais da Idade Média originaram os primeiros grupos burgueses, sediados nas primeiras cidades. Muitos dos eventos que contribuíram com a derrocada do sistema feudal foram implementados pela dinâmica introduzida pela burguesia na sociedade européia. A expansão ultramarina para Índia e China abriu novos mercados e fez com que o velho esquema corporativo de produção fosse substituído pelas manufaturas, mais eficientes e especializadas. Mantinha-se crescente a demanda por produtos e a produção manufatureira, em dado momento, não mais supria às crescentes necessidades por produtos dos mais diversos. A revolução do vapor incrementou incrivelmente a produção e a manufatura foi suplantada, sendo sua produção expandida para o novo mundo através do desenvolvimento nos transportes e comunicações por terra e mar. Todo o processo citado reforçou o poder burguês nas relações econômicas e sociais e “legitimou” sua supremacia pela derrocada do velho regime. Toda a “filosofia” burguesa é difundida para os