Sintese Diversidade de Miguel Arroyo
Miguel G.Arroyo
De acordo com o verbete, Arroyo inicia o texto indagando o porquê da atenção, centralidade e diversidade na construção de um projeto para a Educação do Campo. O autor responde a pergunta ressaltando que as lutas pela Educação no Campo carregam as marcas da diversidade dos sujeitos coletivos. Na sequência discute alguns princípios que orientam a Educação no Campo.
Aborda o primeiro princípio que os seres humanos se fazem, se formam se humanizam no fazer histórico, ou seja, nós fazemos fazendo história. Outro princípio consiste no reconhecimento do trabalho como princípio educativo. Conforme o autor, neste alerta que é preciso reconhecer o caráter sexista e racista do padrão do trabalho na nossa formação social, tendo em vista os contextos culturais e históricos das relações de classe, as diferenças de gêneros, raça e etnia, estando relacionados com a segregação e exploração do trabalho. Assim a formação da diversidade em desigualdade se expressa nas desigualdades do trabalho, e por sua vez a teoria pedagógica é obrigada a entender a diversidade das formas de controle, de exploração do trabalho e de apropriação dos produtos. No segundo princípio o reconhecimento do trabalho como princípio educativo exigindo o reconhecimento do caráter sexista e racista do padrão de trabalho, especificamente na formação social. Assim reconhecer o trabalho como fonte de toda a produtividade e expressão da humanidade do ser humano, de sua formação-humanização. E assumir o trabalho como princípio educativo exige apronfudar no papel deformador dessas hierarquias e compreender qual o papel formador das resistências a essas hierarquias por parte dos coletivos segregados. O terceiro princípio aborda os diversos no padrão de poder, conforme Aníbal Quijano (2005) os padrões de poder, de controle do trabalho, de seus recursos e de seus produtos, da apropriação-expropriação da terra, de dominação-subordinação estão marcados e legitimados na idéia de raça