Sindrome de down
03/11/2008 - Cheila Aparecida de Jesus*
Educação.
A grandiosidade da educação é medida pela consciência e preparo do professor, o qual deve ter em mente, que é dentro de sua sala de aula, em um espaço relativamente minúsculo perante o mundo "lá fora", é que ele auxilia na construção do eixo que norteia vidas, forma personalidades, presta informações, mede conhecimentos e aprende, com cada um de seus alunos, a importância de cada pessoa para contribuir na construção do mundo.
Relato de uma Professora.
Este relato inicia-se numa tarde do final do mês de julho de 2005, quando, sem pedir licença, sem avisar e nem se importar, Matheus entrou em minha vida. Justo na minha vidinha tranqüila de professora de literatura infantil na Escola Municipal Alcindo de França Pacheco, na cidade de Guarapuava, no estado do Paraná.
Vale dizer que tudo aconteceu porque a professora da 1ª série afastou-se por licença médica e a diretora da escola incumbiu-me de assumir a turma por aproximadamente quinze dias. Na oportunidade fez questão de lembrar que era uma turma considerada muito boa e que minha tarefa se resumiria em dar continuidade ao trabalho da professora licenciada, sem deixar diminuir o rendimento que a turma já vinha apresentando. Assustada diante de tal responsabilidade me senti desafiada e aceitei a substituição temporária.
Meus Primeiros Dias de Aula.
O primeiro dia transcorreu sem maiores problemas, a não ser por um menininho que sentava na primeira carteira da fila e que se limitou a me olhar fixamente durante a tarde toda, sem esboçar nenhum tipo de emoção ou reação. Já o conhecia, era o Matheus, que tinha Síndrome de Down.
Já tinha lido e estudado sobre inclusão na minha graduação em Pedagogia. Confiante nos conhecimentos que a universidade havia me oferecido a respeito, fui verificar, em seu caderno, o registro da aula do dia e os conteúdos trabalhados pela outra professora. Qual foi a minha