Simone de Beauvoir
Nasceu em Paris (9 de janeiro de 1908), e foi educada em uma escola católica, o que não era bem visto pelos intelectuais da época, pois essas escolas para meninas eram vistas como lugares onde as jovens aprendiam uma das duas alternativas abertas às mulheres: casamento ou um convento. Mesmo assim, depois de se formar, estudou matemática no Instituto Católico e literatura e línguas no Instituto Sainte-Marie, e em seguida, filosofia na Universidade de Paris.
Em 1929, quando estava na Sorbonne (um sítio histórico de Paris), conheceu muitos outros jovens intelectuais, dentre eles René Maheu, que se tornou diretor geral da Unesco, e Jean-Paul Sartre, que veio a ser seu companheiro. Disputou o primeiro lugar de Agrégation (concurso para algumas posições no sistema de ensino público) com Sartre, ela acabou ficando em segundo lugar, mas se tornou a pessoa mais jovem a obter o concurso. Os dois viveram a vida juntos por mais de 50 anos, apesar de nunca morarem na mesma casa, e ela foi sepultada no mesmo túmulo dele, depois de sua morte aos 78 anos, de pneumonia. Diziam que Sartre foi o companheiro que não exigiu que ela renunciasse a si mesma.
Simone viveu sua bissexualidade, renunciou à maternidade e atacou todos os meios (antropologia, sociologia, psicanálises, etnologia, literatura e história) do imenso edifício sobre o qual se assentava a dominação masculina, mostrou em suas obras uma visão reveladora de sua vida e seu tempo, explorou dilemas existencialistas da liberdade (cada um é responsável por si), da ação e da responsabilidade individual logo em seu primeiro romance “A convidada”, pois fala de seu triângulo amoroso com Sartre e uma garota que fascinava ambos. Ela abordou esses temas em outros livros também, mas foi em “Os mandarins”, que ela ganhou o prêmio Goncourt (prêmio literário francês).
As suas teses existencialistas, introduzem-se também em uma série de quatro obras autobiográficas, “Memórias de uma moça bem-comportada” é a