SIMETRIAS, ÃNGULOS E POLÍGONOS EM SETE CIDADES
Inúmeros elementos despertam o interesse do homem: regularidade do crescimento das árvores, proporções do corpo humano e dos animais, freqüência do nascimento de coelhos, a observação do número de ouro 1,618033989... no girassol, entre tantos outros. Mas as principais manifestações ocorrem na geometria, como é o caso da constituição dos favos das abelhas, que utilizam a forma hexagonal, empregando polígonos com ângulos precisos e bem ajustados entre si.
Ainda mais curioso do que tudo isto é o que o tempo pode fazer nas rochas do Parque Nacional de Sete Cidades, localizado no norte do Piauí. Nesse lugar, a imaginação vai longe e muitas formas geométricas parecem ter sido feitas pela mão do homem. São ângulos, simetrias, curvas perfeitas e uma diversidade de mosaicos esculpidos pelo vento, que tem agido juntamente com o movimento planetário há 190 milhões de anos.
Enquanto as esculturas naturais rochosas possuem milhões de anos, o homem deixou sua marca há bem menos tempo: pinturas rupestres atestam a passagem do homem pré-histórico pela região há cerca de 6000 anos. A pintura da mão de seis dedos é a mais famosa, seguida da pintura do lagarto. As paredes apresentam também desenhos abstratos e estranhas figuras geométricas. A região do parque foi dividida em Sete Cidades de Pedra, cada qual possuindo um conjunto peculiar de monumentos geológicos como a Pedra da Tartaruga, A Cabeça do Imperador, Os Três Reis Magos, O Beijo, O Beijo dos Lagartos e o famoso Mapa do Brasil - formação que lembra o mapa brasileiro. O conjunto é ordenados e harmônico, com círculos, linhas retas, curvas e paralelas, representações de sol, lua, animais e mãos. Situado numa faixa de transição entre os ecossistemas do cerrado e da caatinga, o parque protege espécies da fauna e da flora encontradas nos dois ecossistemas.