Simbolismo nos sonhos
2010
(trabalho realizado pelos alunos do 1º semestre de psicologia da puc)
Em sua obra Interpretação dos Sonhos, Freud descreveu o extenso emprego de simbolismo nos sonhos, sobretudo para a representação do material sexual. Para ele tais símbolos podem ser comparados a sinais da taquigrafia, com uma significação fixa. Ou seja, Freud percebeu que tal simbolismo não pertence exclusivamente ao sonho (ao inconsciente de quem sonha), mas que é referendado pelo popular, pelo folclore, pelos mitos, provérbios, chistes correntes na comunidade de quem sonha. Assim, propôs ele ser possível compor uma “chave dos sonhos”, claro que alertando que, se por um lado há em muitos casos a comunidade entre o símbolo e o elemento por ele representado, noutros também acontece de se manter oculta esta relação. Disto concluímos que a “chave” não nos permitirá abrir exatamente todas as portas. Foi possível demonstrar experimentalmente o uso dos símbolos. Em 1912, um pesquisador de nome Scroetter fez a experiência de hipnotizar uma mulher e lhe ordenar, dentre outras coisas, que sonhasse ter tido um intercâmbio genital. Observou-se que tudo o que não aparecia como imoral a mulher sonhava como tal. Mas as passagens que eram repelidas pela sua moralidade apareciam no conteúdo manifesto de forma simbólica, representadas por elementos que se encontram nos sonhos de todos: montar a cavalo, dançar, subir ou descer uma escada, ser atropelado por um veículo, cair de uma certa altura. Noutro experimento, foi-lhe ordenado que sonhasse ter tido uma relação homossexual, e então a mulher sonhou que punha objetos numa mala rotulada “somente para senhoras”. No ano de 1943, dois pesquisadores, Faber e Fischer, realizaram experimentos com uma mulher a quem hipnotizaram e ordenaram que sonhasse que uma amiga dela, solteira, estava grávida. A mulher sonhou então que sua amiga estava numa ilha solitária, rodeada de enormes ondas e suportando uma chuva forte e