simbolismo no Brasil
O Simbolismo no Brasil teve inicio no ano de 1843, com a publicação das obras Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambas de autoria de Cruz e Sousa, que é considerado o maior autor simbolista.
Além de Cruz e Sousa, outros dois autores se destacam, Alphonsus de Guimaraens e Pedro Kiekerry, respectivamente.
As principais características dos textos de Cruz e Sousa são o plano temático, que envolvem a morte, a transcendência espiritual, a integração cósmica, o mistério, o sagrado, o conflito entre matéria e espirito, a angustia e a sublimação sexual, a escravidão e uma verdadeira obsessão por brilhos e pela cor branca; além do plano formal onde há sinestesias (confrontos), imagens surpreendentes, sonoridade das palavras, a predominância de substâncias e o emprego de maiúsculas, utilizadas com a finalidade de dar um valor absoluto a certos termos.
Diferente do que aconteceu na França, onde o Simbolismo sobrepôs-se ao Realismo e ao Parnasianismo, (poetas que se expressavam de forma excessiva) no Brasil o Simbolismo foi quase inteiramente abafado por esses movimentos, que tiveram muito prestigio entre as camadas cultas do país.
No final do século XIX e inicio do XX, três tendências caminhavam paralelas: o Realismo em suas manifestações (romance realista, romance naturalista e poesia parnasiana); o Simbolismo, situado à margem da literatura acadêmica da época; e o pré-modernismo, com o aparecimento de alguns autores preocupados em denunciar a realidade brasileira, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros.
O movimento simbolista chegou ao seu fim com a Semana da Arte Moderna que neutralizou todas essas estéticas e traçou novos e definitivos rumos para a literatura brasileira.