Simbolismo em Portugal e Brasil
Simbolismo é um movimento literário da poesia e das outras artes que surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da época. Movido pelos ideais românticos, estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas. Não sendo considerado uma escola literária, teve suas origens de As Flores do Mal, do poeta Charles Baudelaire.1 2 É bastante relevante não confundirmos o Simbolismo com a Simbologia, a qual é a ciência que estuda, analisa e interpreta os significados dos símbolos reais ou metafóricos.
A partir de 1881, na França, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em geral, influenciados pelo misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais - procuram refletir em suas produções a atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam.
Marcadamente individualista e místico, foi, com desdém, apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes e a uma certa afetação que neles deixava a sua marca. Em 1886 um manifesto trouxe a denominação que viria marcar definitivamente os adeptos desta corrente: simbolismo. Simbolismo no Brasil O marco inicial do Simbolismo no Brasil é a publicação de Missal (prosa poética) e de Broquéis (poesia), de Cruz e Souza, em 1893. No Brasil, o Simbolismo encontrou resistência porque ainda era grande o prestígio da estética parnasiana, que angariava um maior número de seguidores. Outro autor, que manteve a forma parnasianista nos poemas mas cujos temas sobre os estados d'alma são simbolistas, é Hermes Fontes. Digno de menção é também o autor de Sete dores de Maria, Alphonsus de Guimaraens.1
São também escritores que merecem atenção: Augusto dos Anjos, Raul de Leoni, Emiliano Perneta, Da Costa e Silva, Dario Veloso, Arthur de Salles, Ernãni Rosas, Petion de Villar, Marcelo Gama, Maranhão Sobrinho, Saturnino de Meireles, Pedro Kikerry, Alceu Wamosy, Eduardo