Simbiose
No solo, a interação dos microrganismos é simbiôntica. A simbiose é uma condição em que os indivíduos de uma espécie vivem em associação íntima com indivíduos de outra espécie. No solo, as relações simbióticas são comuns devido ao enorme número de microrganismos que estão compartilhando o mesmo ambiente. Esses organismos simbióticos podem interagir de várias maneiras.
Segundo Pelczar (1996), em alguns modelos as interações são benéficas para uma ou mais espécies envolvidas; em outros, as interações podem ser inibitórias. Em competições microbianas por nutrientes disponíveis no solo, os microrganismos podem formar produtos metabólitos tóxicos que inibem o crescimento e o desenvolvimento de outros microrganismos.
As diferentes maneiras como os organismos simbióticos interagem tem sido descritas especificamente como mutualismo, comensalismo, antagonismo, competição, parasitismo e predação. Mutualismo: O mutualismo é a forma de simbiose na qual cada microrganismo recebe benefícios da associação. Um exemplo de mutualismo é a agregação de algas ou cianobactérias com fungos, conhecida como líquens.
Comensalismo: O comensalismo é uma associação em que um dos organismos recebe benefícios e o outro não é afetado. O comensalismo é observado entre microrganismos no solo, como os fungos que degradam celulose em glicose, que é aproveitado pelas bactérias. No meio ambiente nenhuma bactéria é uma ilha, pois estão em constantes interações.
Antagonismo: O antagonismo é a inibição de uma espécie de microrganismo por outra. No solo muitos microrganismos produzem antibióticos para inibir a ação de outros. Exemplos de antagonismos entre microrganismos é o caso de fungos que produzem cianeto em concentrações que são tóxicas para outros agentes e também as algas, que produzem ácido graxo antibacteriano.
Ainda há as mixobactérias e os estreptomicetes, que são conhecidos pela capacidade de secretar poderosas enzimas líticas, as quais degradam