Silvicultura
Existem vários sistemas silviculturais que podem ser utilizados de acordo com os diferentes produtos da floresta. O sistema silvicultural adotado determina a distribuição das idades das árvores, ou seja, a estrutura do povoamento. Segundo Matthews (1996) os sistemas silviculturais representam o processo de condução das florestas, exploração e regeneração, dentro dos quais pode se estabelecer diferentes regimes de manejo, de acordo com cada tipo de produto que se quer obter. Neste sentido, serão abordados dois regimes de regeneração - alto fuste e talhadia, nos quais se aplicam sistemas de exploração caracterizados por corte raso e desbastes, onde se pode utilizar de trato cultural caracterizado como desrama.
No manejo do alto fuste são necessários apenas tratos culturais à formação da floresta (preparo do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas, doenças e da mato-competição) e obtém-se normalmente somente um produto com o corte raso da floresta. Entretanto, para formação de florestas visando diversos produtos, faz-se necessário o uso de outras técnicas que permitirão a obtenção de madeira com maior valor agregado. Esse maior valor é obtido com melhorias da qualidade da madeira que depende de três fatores: forma da árvore, dimensões e características físicas. Isto é, estes efeitos podem ser resumidos na obtenção de toras com maior diâmetro e livre de nós, em que é necessário o manejo adequado da floresta através das práticas de desrama e desbaste.
2. Manejo de alto fuste – corte/reforma
Este regime de manejo prioriza a produção de madeira de menores diâmetros, sendo usado para maximizar a produção por unidade de área. É o manejo utilizado para obtenção de matéria prima nas grandes empresas para produção de celulose, painéis de madeira reconstituída, carvão e energia. Sua característica é de não promover intervenções de desbaste ou desrama na floresta até o corte final (corte raso), variando com a qualidade do sitio e a