silogismo
A doutrina do silogismo desenvolvida pelo filósofo grego Aristóteles no século IV a.C. constituiu até a era moderna o principal instrumento da lógica.
Silogismo, segundo a definição de Aristóteles, é uma expressão proposicional na qual, admitidas certas premissas, delas resultará, apenas por serem o que são, outra proposição diferente das estabelecidas anteriormente. O termo vem do grego syllogismós, que significa argumento ou raciocínio. Posteriormente, a terminologia tradicional passou a definir essa operação lógica como um argumento formado de três proposições -- duas premissas e uma conclusão -- que apresentam a forma "sujeito-predicado".O silogismo é a forma mais simples de demonstração ou de argumento inferencial. É sempre precedido de uma pergunta: quer-se saber se um dado predicado convém ou não, necessariamente, a um sujeito. A resposta, quando está de acordo com as regras do silogismo, é rigorosa e necessariamente certa. O exemplo mais clássico é o seguinte: "Todo animal é mortal; todo homem é animal; logo, todo homem é mortal."
As duas premissas, estruturadas segundo a fórmula "sujeito-predicado", são denominadas maior e menor. Por meio delas, dois termos (maior e menor) são postos em relação com um terceiro (médio). No exemplo citado, "mortal" é o termo de maior extensão, e portanto o termo maior. O termo de menor extensão, chamado termo menor, é "homem". O termo médio, que contém ambos, é "animal". Por ser afirmativo, esse tipo de silogismo é chamado categórico e se baseia na lei de generalização do universal para o particular.Os termos que compõem cada premissa são sempre os mesmos -- maior e médio na premissa maior, menor e médio na premissa menor -- mas sua ordem pode mudar. O termo médio pode assumir quatro posições diferentes, segundo as quais se definem as quatro "figuras" do silogismo. Tais figuras, em função do caráter e das combinações de suas proposições (universais ou particulares, afirmativas ou negativas) dão lugar aos 23