Silicose
1 – Introdução
A silicose é uma doença ocupacional grave que afeta os trabalhadores expostos à sílica. De acordo com o dicionário brasileiro de saúde silicose “É uma pneumoconiose, provocada pela inalação de pó que contém silício; lentamente progressiva, acarreta extensa esclerose e provoca insuficiência respiratória e, mais tarde, insuficiência cardíaca”. (Murta, G.F, 2008). Segundo o dicionário Aurélio (2004), “Sílica é o dióxido de silício, cristalino, abundantíssimo na crosta terrestre, e sua fórmula é SiO2.” Os trabalhadores adoecem depois da exposição por tempo prolongado a esse composto que é inalado em forma de pó.
A silicose continua sendo a pneumopatia mais dominante no Brasil e no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento. (Capitani E.M, 2006).
De acordo com Caneiro (2013) a silicose predispõe o organismo a inúmeros agravos pulmonares e extra pulmonares, sendo a tuberculose a de maior prevalência, que devida a sua complicação acelera o processo de fibrose pulmonar. Esse composto é inalado em forma de pó.
Carneiro (2013) ainda classifica a silicose em três formas clínicas distintas: 1- silicose crônica que é a mais comum e acontece após um tempo prolongado à exposição. 2- Silicose acelerada ou subaguda que ocorre mais precocemente após a exposição. 3- silicose aguda e mais rara que ocorre por períodos menores, variando de poucos meses a quatro ou cinco anos.
Essa classificação é feita de acordo com a gravidade, o início e o tempo que a doença progride. (Araújo, A.C; Santos, A.C.S; Coutinho,R.D. 2011).
Segundo Marchiori; Dantas e Nobre (2001) “A silicose nodular, ou pura, ocorre na forma crônica com 20 anos ou mais de exposição, e na forma acelerada em cinco ou dez anos, com exposição mais pesada”.
Como a forma crônica progride a aproximadamente dez anos após a exposição, é comum o paciente não apresentar sintomas, contudo pode apresentar