SIGNIFICADO DA MORTE EM DIFERENTES CULTURAS
Morte é morte e mais nada, a não ser tristeza.
Chorar ao nascer e rir ao morrer. Para cada cultura, a morte tem um significado diferente, mas sempre com a mesma importância. Para os orientais, sejam japoneses, chineses, indianos ou tibetanos, influenciados pela cultura budista, a morte é vista como um renascimento, um momento de grande alegria e o luto é celebrado com o uso de roupas brancas.
Para os católicos, o dia da morte é a consumação de seu novo nascimento, iniciado no Batismo. Mesmo assim, esta passagem desperta sentimentos de perda e de bastante introspecção, uma vez que, para algumas religiões cristãs, a morte envolve, de uma maneira geral, a crença no céu e no inferno. A Igreja Católica considera que, para além destas duas realidades, existe o purgatório, um estado de purificação onde ficam as almas que cometeram pecados. O ritual fúnebre também se difere em algumas religiões. Para os católicos, urnas, flores, velas e ornamentações com o intuito de homenagear o ente querido. Para os islâmicos, a morte é algo muito natural. Flores e velas não fazem sentido e a urna deverá ser a mais simples possível. Flores também não fazem parte do ritual adotado pelo judaísmo, que não costuma tocar nenhum tipo de música durante o velório, e não é permitido comer, beber ou fumar. Até o sepultamento, deve-se dar aos enlutados plena vazão à sua dor.
Realmente, a morte é um tema considerado tabu na cultura ocidental, principalmente na nossa, a latina. Falar sobre ela provoca certo desconforto, pois damos de cara com uma finitude, o inevitável, a certeza de que um dia a vida chega ao fim. Todos nós possuímos uma herança cultural que define a nossa visão dessa passagem, sendo que as nossas interpretações atuais sobre a morte constituem parte da herança que as gerações anteriores, as antigas culturas, nos deixaram.
A morte sempre exerceu uma atração, medo e fascínio nos seres humanos. Uma parábola chinesa: “A cobra