Sidarta

Hermann Hesse fez uma viagem á India em 1910, convertendo-se ao budismo. Em 1922 publica Sidarta, livro que ganhou o premio Nobel de Literatura em 1946, contando a história da busca interior que fizemos , ou deveríamos fazer. O personagem Sidarta (não Sidarta Gautama, o Buda), filho de Brâmane (um tipo de líder religioso), inconformado com a rotina e descrente de que algum dia a mesma possa lhe dar a paz interior, abandona sua família junto com Govinha, seu melhor amigo, renunciando os bens materiais e migrando para uma vida de samana, onde por três anos tem uma vida de miséria.
Sem êxito, renúncia aos samanas ao saber da doutrina de Buda, e mesmo maravilhado, não a aceita, separando-se de seu amigo, que agora é discípulo do Augusto (Buda). Sidarta aventura-se nas riquezas, e prazeres da carne. Apesar de não encontrar as respostas que procura em nenhum desses lugares, consegue perceber a evolução e a experiência rumo à sabedoria.
Após tentar suicídio, acorda deslumbrado com mundo e as cores ao seu redor, e acaba encontrando a beira de um rio, a plenitude e o conhecimento de si próprio, e que o maior aprendizado de todos, é o amor.
A maioria das tentações enfrentadas por Sidarta é encontrada em nosso cotidiano , quando as pessoas estão obcecadas pelo trabalho, com o intuito de conseguir bens materiais, e acabam deixando a família de lado tornando vazias de sentimento, ou até mesmo ao contrario, deixando o mundo material e dedicando-se somente a pessoa amada, e muitas vezes se decepcionando por não ser correspondido, ou quando a vida não oferece mais opções, recorrem ao suicídio como forma de se livrar de todo o sofrimento.
Esse livro atemporal tem como foco a busca da paz e plenitude espiritual. Nos deixa repletos de perguntas, em plena reflexão do real sentido da vida, Poe em evidencia os valores e a beleza do mundo em vários ângulos.

Hesse é referencia de grandes escritores, e chegou a influenciar até a banda de rock britânico Yes, que em 1972 lança o