SIDA - HIV
No presente contexto de pós-guerra, Angola enfrenta um conjunto de desafios de combate à pobreza e à fome, reconstrução das infra-estruturas económicas e sociais, reinserção social de militares desmobilizados e de desenvolvimento da economia nacional.
A epidemia do VIH/SIDA, pela sua escala e impacto devastador constitui uma emergência mundial é um dos maiores desafios à vida e dignidade humanas, não apenas pelo comprometimento ao desenvolvimento económico-social, mas também comunitário familiar e individual.
A maioria das pessoas infectadas pelo VIH vive nos países em via de desenvolvimento (o nosso caso), com uma tendência que aponta para repercussões profundas na expectativa de vida e no crescimento económico desses países. Em 2002 foram infectadas cinco milhões para um total estimado de 42 milhões de pessoas que vivem atualmente com VIH/SIDA no mundo, dos quais 19,2 milhões são mulheres adultas e 3,2 milhões são crianças menores de 15 anos.
No que conserne a ao continente africano, as ITS e em particular a infecção pelo VIH são doenças responsáveis por elevadas taxas de morbilidade e mortalidade e com impacto muito negativo na saúde da população em particular em jovens e adolescentes. Na África Sub-sahariana, a prevalência estimada na população adulta é de 8,8%, e 29,4 milhões de pessoas vivem com VIH, sendo 3,5 milhões recém infectados1. A transmissão heterossexual e através do sangue e os seus derivados são as vias de transmissão mais importantes.
A epidemia do VIH/SIDA tem características epidemiológicas diferentes em cada região do mundo que dependem de factores de risco biológicos e comportamentais específicos associados quer ao ritmo de crescimento da epidemia quer a capacidade de resposta dos países para combatê-la. Por isso é fundamental estudar e caracterizar bem a epidemia em relação ao contexto para estabelecer mecanismos de resposta que permitam reduzir o número de novas infecções e mitigar o sofrimento imposto pela doença as