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Os fenícios, povo de origem fenícia semita, surgiram a partir do ano de 3.000 a.C., numa faixa estreita de terra da costa oriental do mar Mediterrâneo, na região ocupada atualmente pelo Líbano, pela Síria e pelo Estado do Israel.
Proprietários de poucas terras e de solos áridos, os fenícios não se dedicaram à agricultura. Rodeados de montanhas ao norte, ao sul e a leste, apenas o que restava para eles era aproveitar as águas do Mar Mediterrâneo. Vivendo em contato com o mar, descobriram, desde os primeiros tempos, a arte de construir navios e de navegar. Assim, suas cidades muito importantes, como Tiro, Sidon, Biblos e Ugarit, se tornaram portos de onde partiram os navios para o comércio de mercadorias próprias ou de outros países. Seus tripulantes se aventuravam pelos mares em viagens ousadas, conquistando mercados mais longínquos em outros países que já existiram.
Foi assim que os fenícios, além de explorar o Mar Mediterrâneo, fazendo comércio com as ilhas de Chipre, Sicília, Córsega e Sardenha, atingiram o Oceano Atlântico, chegando ao Mar Báltico, no norte da Europa, e percorrendo a costa da África. Os fenícios foram os maiores navegadores e exploradores da Antigüidade. Chegaram mesmo a dar volta completa ao redor da África, em mais tarde 600 a.C., a pedido do faraó Necao, do Egito, numa viagem que, dois mil anos mais tarde, Vasco da Gama iria fazer em sentido contrário. Há quem afirme que os fenícios chegaram até o litoral do Brasil.
Produtos econômicos
Os produtos comercializados pelos fenícios foram numerosos. Alguns deles eram comprados de outros países e revendidos em outros lugares. Mas a maioria eram produtos de fabricação própria, como tecidos, corantes para pintar tecidos (como a púrpura, por exemplo), vasos cerâmicos, armas, peças de metal, vidro transparente e colorido, jóias, perfumes, especiarias, entre outros. Seus artesãos eram hábeis imitadores e falsificadores de produtos de outras