Setor exter 333
Os sinais desta tendência já estão se materializando, e a imprensa, como uma instituição pulsante na nossa democracia - e, marcadamente aquela especializada em Economia - já está percebendo que “onde há fumaça há fogo”.
Saindo das manchetes da imprensa e penetrando na análise da economia brasileira, pode-se observar os seguintes principais aspectos. Os economistas Ricardo Markwald e Fernando Ribeiro (ambos da FUNCEX- Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior) apresentaram ([1]) um breve retrato da evolução das exportações brasileiras nos últimos anos, considerando inclusive o impacto da crise internacional, e relacionando-o ao comportamento de variáveis importantes como os termos de troca, o crescimento doméstico e a taxa de câmbio real. Em seguida, buscaram analisar a composição da pauta exportadora do país, sua estrutura e diversificação, com o intuito de identificar padrões e características que norteiem a elaboração de estratégias exportadoras. Finalmente, mapearam diferentes visões e possíveis caminhos a serem considerados como base para a elaboração de estratégias viáveis que visem o crescimento sustentado das exportações brasileiras.
Segundo estes autores, entre 2000 e 2008, excluído, portanto o ano da crise internacional, as exportações totais brasileiras cresceram a uma taxa média de 17,3% ao ano, superior, inclusive, à expansão do comércio mundial (12,1% a.a.). O recente boom exportador só pode ser comparado com o ocorrido no período do “milagre”, entre 1968 e 1974, quando as exportações brasileiras cresceram a um ritmo de 27,2% ao ano, embaladas por outra extraordinária fase de expansão do comércio mundial, que