Sete Anos No Tibete
Dirigido por Jean-Jacques Annaud. Com: Brad Pitt, David Thewlis, B.D. Wong, Mako, entre outros…
No início da Segunda Guerra Mundial, Heinrich Harrer, cidadão austríaco, alpinista famoso, foi capturado pelos Ingleses durante uma expedição aos Himalaias. Internado num campo de prisioneiros na Índia, conseguiu fugir e, viajando a pé em pleno Inverno, logrou chegar a Lassa, a cidade Proibida do Tibete. Aí permaneceu durante anos; aprendeu a língua e tornou-se profundo conhecedor do Tibete e dos Tibetanos. Amigo e perceptor do então jovem Dalai Lama, acompanhou-o até à Índia aquando da invasão do Tibete pela China Comunista.
Com belíssimos cenários naturais, magnificamente fotografados, este é um filme que se debruça de uma forma superficial sobre os temas religiosos e mesmo históricos, centrando-se mais na personagem central e no seu crescimento interior, da frieza e arrogância inicial até ao humanismo e bondade no final da jornada. É, pois, um filme que atinge mais o espetador quando revela a intimidade da relação entre Harrer e o Dalai Lama do que quando mostra o quadro geral da aventura pelos Himalaias. Na minha opinião, perdeu-se a alma do livro uma vez que, neste, a viagem até Lhasa demora quase dois anos através de cordilheiras de montanhas e pequenas povoações e estas dificuldades da viagem não são tão exploradas no filme. Embora compreenda que uma viagem de quase 2 anos seja difícil de pôr em filme. Esperava ver mais essas aventuras retratadas no mesmo. Mas compreendo que tenha que haver opções.
Quanto às atuações, penso que são boas: Brad Pitt está muito bem como Heinrich Harrer e a culpa pela falta de emoção do filme relativamente às dificuldades da viagem não deve recair sobre si. O seu envolvimento com o personagem é patente e sua “transformação” convincente.
Classificação:3 estrelas