Será a psicologia uma ciência independente?
Este trabalho tem como objetivo investigar como a psicologia se “consolidou” numa ciência independente. Para isso, será feito um resgate das transformações sócio-culturais ocorridas entre a Idade Média e a Moderna,e também da influência que a Psicologia sofreu da Filosofia Antiga. Antes da Psicologia existir como disciplina independente, outras áreas de conhecimento fundamentaram as questões da natureza humana, ora a cosmologia e a ética, ora a teoria social, na tentativa de entender o universo, e de ser feliz. Diante destes desafios muitos temas abordados pelos gregos, como por exemplo, ser, e substância, mente e matéria, indivíduo e sociedade, entre outros, têm servido desde sempre de referência como conceitos fundamentais nas investigações da Psicologia. Na Antiguidade já se falava na Psicologia, mas só a partir da segunda metade do século XIX, na Modernidade, essa Ciência se coloca como uma “Ciência Independente”, passando assim a ser objeto de ensino universitário e de pesquisa. A palavra Psicologia deriva de dois termos gregos: O prefixo “psiquê” que significa alma, e o sufixo -logia, derivado de “logos”, que significa estudo. Os antigos filósofos, os pré socráticos, falavam em psicologia relacionando-a com o comportamento, com o espírito, com a alma do ser humano. Assim como esses filósofos, os empiristas e cientistas fisiólogos analisavam a natureza humana privilegiando ora a mente, ora o corpo, e às vezes uma tentativa de unificá-las em um único processo. A psicologia foi fundada como ciência, desde a antiguidade, passando pela Idade Média até chegar à Modernidade.
As raízes da psicologia podem ser localizadas no quarto e quinto séculos antes de Cristo. Os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles levantaram questionamentos e reflexões fundamentais sobre o funcionamento da mente.
Aristóteles, descreveu muitas categorias de comportamento tais como a percepção dos sentidos, memória, as