Classes gramaticais
HISTÓRIA DA GRAMÁTICA
O estudo formal da gramática tenha iniciado com os gregos, a partir de uma perspectiva filosófica — como, aliás, era do feitio grego no apreciarem as diversas questões do conhecimento e da natureza— descobrindo, assim, a estrutura da língua.
Com o advento do Império Romano, em sua dominação dos demais povos, os romanos receberam essa tradição dos gregos, e traduziram do latim os nomes das partes da oração e dos acidentes gramaticais. Muitas destas denominações chegaram aos nossos dias. A partir do século XIX, surgiu a gramática comparativa, como enfoque dominante da Linguística.
Dionísio, o Trácio, gramático grego, escreveu a "Arte da Gramática", obra que serviu de base para as gramáticas grega, latina e de outras línguas europeias até o Renascimento.
A primeira gramática portuguesa escrita (Grammatica da lingoagem portuguesa), de que há notícia, data do século XVI, publicada em Lisboa, em 1536, por ordem de D. Fernando de Almada. Foi seu autor Fernão de Oliveira, presbítero secular e professor de retórica em Coimbra. Apenas decorridos quatro anos surge a seguinte que se deve ao mestre João de Barros, seu autor, editada igualmente em Lisboa em 1540.
No século XVIII, iniciaram-se as comparações entre as várias línguas europeias e asiáticas, trabalho que culminou com a afirmação de Gottfried Wilhelm Leibniz de que a "maioria das línguas provinha de uma única língua, a indo-europeia".
Até o início do século XX, não havia sido iniciada a descrição gramatical da língua dentro de seu próprio modelo. Mas, abordando esta perspectiva, surgiu o "Handbook of american Indian languages" (Manual das línguas indígenas americanas)(1911), do antropólogo Franz Boas, assim como os trabalhos do estruturalista dinamarquês Otto Jespersen, que publicou, em 1924, "A filosofia da gramática".
Boas desafiou a metodologia tradicional da gramática ao estudar línguas não indo-europeias que careciam de testemunhos escritos.
A análise descritiva,