Serviço social
Texto: Sarti,Cynthia, A Família Enredada in ACosta,Ana Rojas.Vitale Maria Amália Faller(org)
Família Redes, Laços e Políticas Públicas Paulo Cortez 2010 pg. 21/36.
1) Introdução:
- “Vivemos uma época como nenhuma outra, em que a mais naturalizada de todas as esferas sociais, a família além de sofrer importantes abalos internos tem sido alvo de marcantes interferências externas”. Pág. 21 parágrafo 2
-“A partir da década de 1960, não apenas no Brasil, mas em escala mundial, difundiu-se a pílula anticoncepcional, que separou a sexualidade da reprodução e interferiu decisivamente na sexualidade feminina. Esse fato criou as condições materiais para que a mulher deixasse de ter sua vida e sua sexualidade atadas a maternidade como um destino, recriou o mundo subjetivo feminino, ampliou as possibilidades de atuação da mulher no mundo social”. Pág. 21 parágrafo 3
-”As mudanças são particularmente difíceis”, uma vez que as experiências vividas e simbolizadas na família têm como referência, a respeito desta, definições cristalizadas que são socialmente instituídas pelos dispositivos jurídicos, médicos, psicológicos, religiosos e pedagógicos, enfim, pelos dispositivos disciplinares existentes em nossa sociedade, os quais têm nos meios de comunicação um veículo fundamental, além de suas instituições específicas. Essas referências constituem os modelos do que é e como deve ser a família, ancorados numa visão que a considera como uma unidade biológica constituída segundo leis da natureza, poderosa força “simbólica”. Pág. 23 parágrafo 3
2) A paternidade, conhecida?
- “Na década de 1990, o processo de mudanças familiares ganha novo impulso, com a difusão do exame de DNA (Fonseca, 2001), que permite a identificação da paternidade. A dúvida quanto á paternidade e a certeza da maternidade deixaram, em principio, de ser o suposto fundamento natural que servia de pretexto a costumes, pactos familiares e relações