Serviço social
O processo de renovação crítica do Serviço Social é também conhecido como o processo de ruptura do Serviço Social com o tradicionalismo profissional. Este processo não aconteceu de imediato, mas iniciou-se a partir de questionamentos e reflexões críticas acerca do seu conteúdo metodológico e da sua prática profissional, explicitando assim, os conflitos e contradições existentes, configurando novas possibilidades de ação voltadas para a classe trabalhadora.
Entretanto, conforme Neto, a ditadura militar instalada no Brasil em1964 e posteriormente nos demais países da América - Latina, estagnou o processo de Reconceituação do Serviço Social na América Latina que já havia 10 anos de efervescência.
Em meados dos anos 1970, a renovação profissional materializada na reconceituação viu-se congelada: seu processo não decorreu por mais de uma década. E seu ocaso não se deveu a qualquer esgotamento ou exaurimento imanente; antes, foi produto da brutal repressão que então se abateu sobre o pensamento crítico latino-americano (NETTO, 2005, p. 10).
Porém, essa herança da reconceituação foi à base para a renovação crítica do Serviço Social brasileiro na década de 1980, conforme Netto (2005) “mesmo contida e pressionada nos limites de uma década, a reconceituação marcou o Serviço Social latino-americano”, podendo apontar pelo menos quatro conquistas decorrentes desta época no Brasil Intercambio e interação profissionais com outros países “que respondessem as problemáticas comuns da América Latina, uma unidade construída autonomamente, sem as tutelas confessionais ou imperialistas”. A explicitação da dimensão política da ação profissional: até então a ação profissional tinha uma dimensão “pretensão assepsia ideológica” A interlocução crítica com as ciências sociais: com a reconceituação incorpora-se a crítica ao tradicionalismo, lançando as bases para “uma nova interlocução do Serviço Social com as ciências