SERVIÇO SOCIAL

Universidade Federal de Campina Grande
CCJS – Sousa
Departamento de Direito
Serviço Social

NETTO, José Paulo. O Movimento de Reconceituação 40 anos depois. In: Revista Serviço Social e Sociedade, n° 84. São Paulo: Cortez, 2005.

Grazielly Batista da Silva*
Samille Gonçalves de Moraes**

José Paulo Netto nascido em 1947, em Minas Gerais, com experiências docentes em vários países, é professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). Traduziu obras de Marx, Engels e de autores marxistas e preparou antologias de Marx-Engels e Lukács. Publicou, entre outros livros, Capitalismo e reificação(Ciências Humanas, 1981), Democracia e transição socialista (Oficina de Livros, 1990), Ditadura e Serviço Social (Cortez, 1990), Marxismo impenitente (Cortez, 2004) e, em coautoria com Marcelo Braz, Economia política: uma introdução crítica (Cortez, 2006). O presente artigo tem por objetivo mostrar de forma imediata a contribuição do movimento de reconceituação para a renovação do Serviço Social na América Latina, o contexto histórico-social em que se deu seu surgimento, e os seus consequentes resultados, discorrendo assim, sobre as causas que levaram à necessidade de um rompimento com a “prática tradicional”, as conquistas e limites desse processo, suas resoluções e repercussões na contemporaneidade. Em meio a uma emersão do Serviço Social como profissão, na década de 60, manifestam- se contestações à prática acrítica, à ausência de um embasamento científico, ao caráter funcionalista da intervenção, estas, dadas devido a condições históricas vivenciadas, em que se tem a formação de um quadro propício a modificações e à “adequação” da profissão, a partir de um momento de crise do sistema, onde se verifica estratégias “visando reverter” o tensionamento das estruturas sociais, onde se tinha além de um desaceleramento econômico, reivindicações advindas da união da classe operária,