Serviço social
Nesse sentido, os autores observam que a ruptura não ocorre de imediato, mas tenta efetivar-se por um processo de construção, a partir de questionamentos e reflexões críticas acerca do conteúdo teórico-metodológico da prática profissional, ante as especificidades do contexto social no qual se inscreve (p.85).
Ao fazerem questionamentos sobre a dominação, os profissionais começaram a questionar também sua prática profissional. O movimento na América Latina influenciou o Brasil, mas este movimento em nosso país foi diferente, considerando a organização da categoria que buscou a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, também em função da realidade social com produção mais alargada e mais crítica das desigualdades sociais:
“O movimento de reconceituação contribuiu fundamentalmente para deslocar o eixo de preocupação do Serviço Social da situação particular para uma relação geral [...] e de uma visão psicologizante e puramente interpessoal para uma visão política da interação e intervenção.” (Ozanira, apud Faleiros 132)
Foi a partir dos anos 1960 que o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas econômicas e culturais configuradas no Brasil. Nos anos de 70 e 80 que este movimento realmente emergiu. Um dos fatores da eclosão desse movimento de Reconceituação foi perda de níveis salariais das camadas médias da qual pertencia o Assistente Social, tendo como reação a sua inserção nos sindicatos
Ao fazer a articulação com uma das classes