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Congresso da Virada: 30 anos de transformações para o serviço social brasileiro. Entrevista especial com Luíza Erundina
Há 30 anos, o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, que se organizou a partir do patrocínio e apoio do regime militar, foi tomado por um grupo de assistentes sociais articulados na organização e na reativação das entidades sindicais. Então, aquele momento “demarcou um salto político da categoria dos assistentes sociais”, contou-nos a deputada federal Luíza Erundina (PSB-SP), que participou do levante. Em entrevista à IHU On-Line, feita por telefone, ela relembrou aquele momento tão importante para a categoria dos assistentes sociais, assim como para o país, e refletiu sobre as mudanças provenientes deste marco que mudou o conceito do serviço social no Brasil. Conforme Erundina, “só quando a profissão começou realmente a se compor de classes populares, com compromissos e militância política é que a própria formação, papel, projeto e atuação profissional passaram a ser modificados. E isso se refletiu nas conquistas profissionais e no próprio currículo. Então, hoje, o serviço social tem uma importância muito grande na implementação das políticas públicas, no apoio à organização popular, na politização nos setores excluídos da sociedade e uma presença militante inclusive em partidos políticos”.
A assistente social e deputada federal pelo Partido Socialista Brasileiro Luíza Erundina de Souza tem 75 anos. Ficou nacionalmente conhecida quando foi eleita a primeira prefeita, representando o PT, em São Paulo, em 1988.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Em 2009, comemoram-se os 30 anos do III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, conhecido como o ‘Congresso da Virada’. O que aconteceu nesse Congresso?
Luíza Erundina – Foi um momento que demarcou um salto político da categoria dos assistentes sociais. Era um período em que a ditadura ainda estava viva, e uma parte dos profissionais de serviço