serviço social
A complexidade da realidade social na contemporaneidade traz para o Serviço
Social novos desafios para a intervenção profissional, exigindo uma redefinição nos parâmetros teóricos, metodológicos, éticos e políticos.
O agravamento da “questão social” diante da consolidação e da crise do capitalismo no mundo, do processo de reestruturação produtiva assumiu na atualidade diferentes contornos trazendo novos desafios para a profissão. O acirramento das desigualdades sociais, a exclusão social, o empobrecimento das populações, a inflação, o desemprego, a violência, a crise na proteção social, o déficit orçamental, a dívida externa, a crise financeira, o afastamento do Estado frente às demandas sociais, enfim, todos esses fenômenos constituem-se como inúmeros desafios para as diferentes as profissões, em especial, para o Serviço
Social.
Esse contexto de crise estrutural, caracterizado pelo aprofundamento da miséria e pelo colapso das políticas públicas, ecoa sistematicamente e traz significantes transformações nos processos interventivos do Assistente Social e na formação profissional, exigindo mudanças reais. Dessa forma, como qualquer profissão inscrita na divisão social e técnica do trabalho o Serviço Social tem também sua utilidade social e deve ser capaz de responder às necessidades sociais. Para Mota (1998), na atual conjuntura, os desafios postos aos profissionais se dão no âmbito das novas modalidades de produção e reprodução social da força de trabalho. A autora avalia que a principal tarefa imposta ao Serviço Social consiste na identificação do conjunto das necessidades (políticas, sociais, materiais, culturais), tanto do capital, quanto do trabalho, que são subjacentes às exigências 48 de sua refuncionalização. Há, portanto, necessidade de se “refazer – teórica e metodologicamente - o caminho entre a demanda e as suas necessidades fundantes, situando-as na