SERVIÇO SOCIAL
ATIVIDADES DE LEITURA E DE ESCRITA
Erica Poliana Nunes de Souza Cunha (UFRN) ericapolianan.s.c@hotmail.com.br Orientadora: Profa. Dra. Maria da Penha Casado Alves (UFRN) penhalves@msn.com Tempos atrás, a valorização dada à educação, especificamente, ao professor era diferente, pois se dizia que os professores eram da elite cultural e os alunos, da elite, pois, embora houvesse deficiências, os professores eram capacitados e existia um ambiente propício para quem seguia tal vocação. A partir da década de 70/80, com a política de democratizar a educação, o número da população escolar aumentou muito, sendo necessário criar mais profissionais. Para atender a tal demanda, formaram-se vários professores em cursos rápidos, sem maior embasamento teórico, junto a isso, como solução, foi oferecido o livro didático. Esse material, supostamente, supriria todas as falhas do ensino, já que os conhecimentos a serem desenvolvidos em sala estariam selecionados, didatizados. Assim, automatizou-se, a um tempo, o mestre e o aluno, reduzidos a máquinas de repetição material (GERALDI, 2003). Concepção que até os dias de hoje, muitas vezes, são utilizados e seguidos em sala de aula. O livro didático
(LD) continua ser, raras exceções, o material que delimita o que deve ou não entrar em sala de aula, visto que esses materiais são veículos de ideologias ligadas às hierarquias das classes sociais e são reflexos de uma vertente teórica.
Concernente a essas questões, propomos para este trabalho uma análise entre o que propõe o aporte teórico adotado no livro, especificamente no manual do professor, e as atividades propostas nos capítulos destinados à leitura e à produção de texto da coleção de livros didáticos do Ensino Médio “Português: contexto, interlocução e sentido” de Abaurre et al (2010). Para tanto, utilizamos, como norteadores teóricos, as reflexões de Bakhtin (2010) sobre gênero discursivo e Suassuna