serviço social
Baseado nestas afirmações o assistentes sociais ganha mais campo de trabalho e passa a ser melhor valorizado perante a sociedade, sendo visto com outros olhos pelos empreendedores e também por outros profissionais.
O movimento de reconceituação contribuiu fundamentalmente para deslocar o eixo de preocupação do Serviço Social da situação particular para uma relação geral [...] e de uma visão psicologizante e puramente interpessoal para uma visão política da interação e intervenção.” (Ozanira, apud Faleiros 132).
A Reconceituação proporcionou e conquistou grandes coisas: a necessidade de intercâmbio entre os países da América Latina e uma grande união em reivindicações entre eles; explicitou a tão necessária dimensão política da ação profissional; permitiu ao Serviço Social se aproximar do aspecto crítico das ciências sociais (inclusive com o marxismo); o pluralismo profissional, ou seja, a influência de diversas fontes do conhecimento; e, principalmente, a reivindicação da categoria pelo poder de planejar e pesquisar as políticas sociais e não apenas executá-las. Isso trouxe nova imagem ao Serviço Social, que estava trilhando o caminho como profissão intelectual.
Assim como conquistas, o Movimento de Reconceituação cometeu equívocos também: o ativismo político da categoria não diferenciou profissão de militantismo; a recusa cega de qualquer teoria que não fosse latino-americana; o “confucionismo ideológico”, onde procurou-se unir pensamentos de ideologias totalmente diversas entre si, como por exemplo a união do marxismo com o cristianismo.
No Brasil, a Reconceituação se deu de uma forma diferente dos demais países da América Latina, já que a ditadura militar brasileira realizou uma “modernização conservadora”. Portanto, a renovação do Serviço Social brasileiro foi no sentido de se incorporar na lógica desenvolvimentista. Somente com a