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Jean-Baptiste Debret (1768-1848), pintor e desenhista nascido em Paris, integrou a Missão Artística
Francesa, chegando ao Brasil em 1816. A missão aconteceu por solicitação de dom João VI, sendo planejada por António Araújo e Azevedo, o conde da Barca. O objetivo da missão era, entre outros, organizar a criação da Academia de Belas Artes.
Sua chegada, em 1816, ao Brasil coincide com a morte da então rainha de Portugal, D.Maria I,
Debret é então incumbido de retratar o funeral da Rainha e a aclamação do novo monarca da Corte, o que lhe dá rápida penetração na corte. Instalou-se no Rio de Janeiro e, a partir de 1817 passa a ministrar aulas de pintura em seu ateliê, onde tem como aluno Simplício de Sá. Em 1818, colabora na decoração pública para a aclamação de D.Joao VI. Por volta de 1825, pinta águas-fortes. De
1826 a 1831, é professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes, alternadamente com viagens por várias cidades do país, onde retrata tipos humanos, costumes e paisagens locais.
Debret, com os seus traços do neoclassicismo, retratou com detalhes históricos únicos o Brasil de então, Quando retornou à França, publicou, entre 1834 e 1839, “Voyage Pittoresque et Historique au
Brésil” (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), na obra, pode ser observada uma forte influência do iluminismo francês, pois Debret não se prende apenas à representação de batalhas, cenas importantes e feitas grandiosos do país.
Debret, como já dito anteriormente, representa cenas e características do cotidiano e da sociedade brasileira, como casas, ocas de índios, rostos de pessoas (para tentar mostrar as características do povo brasileiro). Ele procura representar o caráter do povo; seus costumes, festas populares (e da corte), relações de trabalho e utensílios e ferramentas utilizadas pelo povo. Essa proposta de certa forma enciclopédica, de conseguir acumular em livros o máximo de informação e conhecimento acerca de