serviço social
Para Coutinho (2000), a cidadania não é algo dado aos indivíduos de uma vez para sempre, não é algo que vem de cima para baixo, mas é resultado de uma luta permanente, travada quase sempre a partir de baixo, das classes subalternas, implicando assim um processo histórico de longa duração.
Nesse mesmo enfoque teórico, os estudos de Pinsky (apud COUTINHO, 2000), introduzem que a cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil, não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados nacionais contemporâneos.
Vive-se hoje uma época de regressão dos direitos (sociais, humanos, políticos, civis), visto que se encontram ameaçados pela modernidade capitalista implicando uma retração dos Estados nacionais nesse processo.
Nogueira (2005, p. 5) pressupõe que os direitos de cidadania refletem conquistas importantes do movimento democrático e das lutas sociais dos séculos XIX e XX, mas não são uma dádiva nem uma concessão, partem historicamente de iniciativas sociais e operações políticas complexas.
E o Serviço Social se encontra totalmente imbricado nesse processo de construção da cidadania, mediado pelo conflito capital e trabalho e pelos impactos da globalização que emergem novos espaços de produção de direitos. No entanto, não