Durante a ascensão da burguesia, e fortalecimento do sistema capitalista, quando a sociedade passa a ser dividida em classes, temos, de um lado, os detentores do capital e conseqüentemente, do poder e de outro, o proletariado, sujeito desprovido dos meios de produção, que fornece seu trabalho, a fim de garantir seu próprio sustento e de sua família, ou a sua subsistência. O sistema capitalista, por sua vez, tem como base o acúmulo de capital, conseguido através daquilo que Karl Marks, filósofo alemão, denomina de "mais-valia". Trata-se na verdade, do empoderamento do dono do capital, de parte do valor referente ao produto desenvolvido pelo trabalhador. Na prática, o resultado da "mais-valia" é aquilo que conhecemos como "lucro". O fato é que, este sistema tem como principal característica, a exploração da mão-de-obra do trabalhador, pagando menos do que aquilo que seu trabalho realmente vale, gerando desigualdades sociais, econômicas e culturais. O quadro agrava-se ainda mais, durante a segunda guerra mundial e o Estado Novo , fazendo com que a classe dominante se veja obrigada a encontrar uma forma de amenizar as dificuldades existenciais da classe proletariado ,a fim de se evitar revoltas e movimentos de ruptura com o sistema vigente. Verifica-se, então, a necessidade de um profissional que "cuide" da área social, assistindo o proletário, garantindo o controle da burguesia sobre esta parcela da população. Dentro deste contexto, devido a constatação por parte da classe dominante, da necessidade de se estruturar cientificamente a assistência social em forma de filantropia, surge no final do século XIX, (1898), nos Estados Unidos da América , o Serviço Social, de caráter assistencial, caritativo, missionário e beneficente, em princípio, desenvolvido pela Igreja Católica, fortemente articulada com o governo e burguesia. Alguns estudiosos do assunto, no entanto, acreditam que , a origem do Serviço Social está relacionada à