Serviço social
Discorrer sobre dilemas e perspectivas da formação profissional na atualidade é de suma importância neste momento por estamos frente a um desafio de elaborar uma nova proposta de currículo mínimo para o curso de Serviço Social ao ser apresentado ao Conselho Federal de Educação – hoje Conselho Nacional de Educação. Essa revisão crítica da trajetória do debate acumulado nos anos 1980, o qual Carvalho qualificou de “experiência brasileira de redefinição da formação profissional”, juntando as conquistas e os avanços já consolidados, os dilemas aí identificados, como patamar necessário para re-situar a formação de Assistente Social ante as novas exigências da contemporaneidade brasileira nos anos 1990. Exigências essas que são conseqüências de profundas no mundo do trabalho, com amplas repercussões na reforma do Estado, novas configurações assumidas pela sociedade civil, assim como nas inflexões observadas na esfera da cultura. A preocupação que move tais reflexões é de construir, no âmbito do Serviço Social, uma proposta de formação profissional conciliada com os novos tempos, radicalmente comprometida com os valores democráticos e com a prática de construção de uma nova cidadania na vida social, isto é, de um novo ordenamento das relações sociais. A problematização da temática supra-referida pode ser sintetizada nas seguintes indagações: que novos desafios a sociedade brasileira dos anos 90 apresenta á formação da assistente social, tendo como contraponto o debate acumulado na década de 1980?
Quais as conquistas e os limites aí identificados? Que mudanças de qualidade estão sendo requeridas para o redimensionamento da formação profissional? Atentar para essas questões é de suma importância para que o novo currículo não nasça velho, como uma proposta passadista, defasada da história nesses tempos de crise.
O desafio é, pois, garantir um salto de qualidade no processo de formação profissional dos