Serviço social

INTRODUÇÃO

Este trabalho visa discutir a emergência e ampliação do serviço social na modernidade e suas perspectivas. Na Europa, Estados Unidos e América Latina nos utilizaremos dos textos e comentários de Paulo Netto (2007) e Martinelli (1985), onde irão desdobrar seus pensamentos e teorias sobre o inicio da profissão. Netto (2007) apontará diversamente da maioria dos autores, o capitalismo monopolista como fator preponderante para o surgimento da profissão; enquanto Martinelli (2008) se aprofundará nas lutas de classes e a Sociedade de Organização da Caridade criada na Inglaterra e que se espalhará por vários países inclusive nos EUA; onde discutiremos o papel importantíssimo de Mary Richmond como precursora da nossa profissão e que lutando para a racionalização da assistência, embora legitimasse através das suas ações o poderio e controle da burguesia capitalista. Comentaremos os métodos do Serviço Social de Casos e de Grupos e suas aplicações nos EUA, Europa e Brasil. Para tanto, utilizaremos os textos de Gordon Hamilton (1987) e Gisela Konopka (1972) e faremos um comentário critico sobre a afirmação de Hamilton quanto à “liberdade do usuário de fazer escolhas”. Sobre a América Latina buscaremos a visão de Manrique Castro (2007) onde irá, com perspicácia, rebater aqueles que atribuem o surgimento do serviço social a partir da escola criada pelo Médico, Alejandro Del Rio no Chile e fará críticas à maneira de interpretar a história da profissão como linear e mero reflexo de “influências externas”, em especial na Europa. No Brasil separamos um tópico especial onde Marilda Iamamoto (1985) apontará as principais causas que contribuíram para o aparecimento do serviço social no bojo da “questão social” e suas refrações: a luta do operariado, a busca pelo controle deste pela burguesia capitalista e os esforços da Igreja Católica em recuperar a hegemonia perdida em face do Protestantismo e Estado Liberal.