Serviço Social Ética e PRaxis
TEXTO 2:
O Serviço Social é uma profissão historicamente determinada porque é construída no seio de relações sociais capitalistas, tratando das consequências dessas para a sociedade.
No início da ditadura, os profissionais de SeSo só se preocupavam com a técnica, posteriormente os assistentes sociais brasileiros começaram a lutar pela democracia e intensificam as críticas ao passado profissional, tentando romper com o SeSo conservador e tradicional.
O Seso surge, no Brasil, no início do século XX, onde a indústria capitalista se desenvolvia e acontecia a expansão urbana, porém fica apenas no imediatismo colocado à sua prática.
A profissão foi criada pelo Estado para atuar na questão social, gerada pelo conflito entre a burguesia (classe dominante) e o proletariado, que começa a reivindicar por condições melhores.
Neste período o Seso era muito influenciado pelo: neotomismo, pensamento conservador e o positivismo. Com isso, não tinha uma visão crítica a cerca da questão social e não criticava a legitimidade e o significado da sua “função social” dado pelo Estado e o empresariado.
O Neotomismo retoma as ideias centrais de Santo Tomás de Aquino combinadas a uma visão de mundo conservadora – tornando-se a base filosófica da doutrina da igreja católica. O conservadorismo tem como inspiração a sociedade medieval, valorizando o status, hierarquia, tradição, autoridade, corporativismo, ritualismo, simbologismo religioso etc. Já o positivismo foi fundado por Comte e prioriza a ordem social vigente, abandonando a história, a certeza e a dúvida e excluindo qualquer movimento para negar ou superar essa ordem.
Esses três juntos faziam com que os profissionais de Seso ignorassem: a desigualdade da sociedade capitalista, a exploração capitalista e as relações sociais que sustentam a alienação no trabalho, a reprodução e manutenção dos ideais capitalistas, e a legitimação das assistentes sociais sobre “a face humanitária do Estado e