Serviço social e educação
A relativa ausência do Estado na área da educação nos últimos anos, através da redução das verbas públicas, baixos salários aos profissionais da educação e a concessão da exploração privada nesta área, tem gerado um impacto real na baixa qualidade de ensino a população e os profissionais que estão diretamente a ele vinculados. A escola como um dos principais equipamentos sociais, tem sido desafiada cotidianamente em articular o conhecimento que é trabalhado no contexto escolar com a realidade social do aluno, ou seja, seus problemas e necessidades sociais. Neste sentido, torna-se essencial e fundamental que a escola comece a conhecer a realidade social dos seus alunos.
Para que a escola possa desempenhar o seu papel político, ela deve desenvolver o senso crítico do aluno, precisando estar em sintonia não só com a realidade deste, como também com a realidade da comunidade na qual ela se encontra inserida. Deve, assim, respeitar a realidade social, cultural e econômica e, partindo dela, a iniciativa de propiciar a participação da família no processo sócio pedagógico da escola.
O Assistente Social por ser um profissional que tem em suas ações mecanismos para desafiar conjunturas, e construir viabilidades em um cotidiano contraditório tem que garantir seu espaço no campo educacional, contribuindo para a diminuição das diversas expressões da Questão Social, especialmente no que tange a inclusão dos mais diversos segmentos sociais e a garantia do direito a uma política publica educacional de qualidade.
O Serviço Social tem também o dever de garantir a educação (que é uma política pública de direito constitucional) por meio da democratização do acesso a ela e da qualidade do ensino. Atuando nesta área, procura dar especial enfoque ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Historicamente, o vínculo estabelecido entre o Serviço Social e a Educação remonta a década de 1930, sendo incentivada de fato