Faculdade
Bucher (1996) aponta como marco inicial da difusão em larga escala da droga na cultura ocidental o que denomina de vertente existencial do uso da droga, cujo florescimento deu-se associado ao movimento hippie dos anos 60, nos Estados Unidos. O uso de drogas como a maconha e o ácido lisérgico constituíam, na época, uma reação contracultural, imersa em um estilo de vida underground ou alternativo que se opunha às pressões das famílias, das escolas, das Igrejas e tentava reconstruir uma sociedade cujas dimensões sociais, afetiva e comunitária prevalecessem sobre o individualismo, à competição e o consumo. Desta forma, a droga exercia um papel integrador na comunidade reconstruída, ancorada na figura do flower power, ou seja, da beleza, da suavidade, da sensibilidade, da solidariedade.
O crescimento de seu consumo aponta para a existência de um mercado de drogas clandestino que produz, distribui e comercializa seu produto. A organização e a eficácia deste mercado expõem ainda as relações socioeconômicas que o sustentam. Não cabe adotar, portanto, a postura ingênua de considerar o uso de drogas como decorrente apenas de mero ato volitivo do indivíduo. Mostra-se evidente a interrelação e a interdependência existente entre o usuário e o contexto que o circunda.
O uso indevido de substâncias psicoativas não é considerado apenas a partir da intensidade do uso, mas principalmente pelas complicações físicas e psicossociais que suscita, variando ao longo de um continuum de gravidade.
Causas multifatoriais:
Sistema de recompensa, neuroadaptações; fatores genéticos; traumas e estresse nos ambientes familiar e social durante a infância; etc.
O que é Síndrome de