Serviço social e categoria civil
A categoria sociedade civil
Juliana Marques Ribeiro
Inicialmente se faz conveniente enfatizar que Ivete Simionatto se graduou em Serviço Social em 1977 pela UFSC, é doutora em Serviço Social pela Universidade Católica de São Paulo e pós-doutora pela European University Institute (Itália). Suas áreas de pesquisa envolvem temas relativos ao Estado, sociedade civil, hegemonia e classes subalternas, e assuntos referentes às políticas e direitos sociais, formação e exercício profissional do assistente social. Atualmente orienta alunos nos cursos de graduação e de pós-graduação. Ivete possui na área em que atua, livros, artigos em revistas nacionais e internacionais, e capítulos em livros como este que será trabalhado aqui.
A partir de 1970, a sociedade civil virou tema de debate por diversas razões, se vincula a crise nos países do leste europeu, onde a sociedade civil se tornou defensora do fim dos regimes comunistas e no ocidente, no meio das ditaduras militares e na luta pelo retorno da democracia. Na América Latina o debate ganhou força entre 1970 e 1980. No Brasil e na Argentina foi recorrido a um conceito gramsciano como um papel teórico importante para pensar a importancia dos sujeitos políticos num projeto contrário as ditaduras militares. O welfare state também está vinculado ao debate, sendo um marco no resurgimento do conceito de sociedade civil, porém em conflito entre duas críticas. Uma de esquerda, que criticava as contradições das normas democráticas nas relações como no meio familiar. E a outra vinha dos grupos conservadores que enfatizavam a necessidade de substituir o welfare state pela ação do voluntariado, filantropia e mercado. A ampla interpretação dessa conjuntura, tomado mais como conceito normativo do que político, na sua diferença gerou