Serviço social e bullying
Nos últimos anos se intensificaram os encontros e as demandas para discutir o papel e a inserção do assistente social no campo educacional, e refletir essa inserção dos assistentes sociais na área de educação nos aloca o desafio de compreender e acompanhar teórica e politicamente como que as cobranças depositadas a este profissional estão proferidas diante de um cenário como se encontra a educação na sociedade atual. Esses encontros apontam para uma intensa expectativa de ampliação do mercado de trabalho do Assistente Social em direção a uma área com que muitos preservam estreitas vinculações e motivações político-profissionais.
As aproximações do Serviço Social com a área educacional provem dos avanços e acúmulos teóricos da carreira nas discussões em torno das políticas sociais como lócus excepcional da ação profissional, bem como da própria organização política da categoria e das estratégias de articulação aos movimentos sociais que agem na construção de um moderno projeto societário, onde a luta pela conquista da cidadania se tornou um elemento essencial para sua integração.
No Brasil, há relatos históricos de que os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul no ano de 1946, foram pioneiros no debate e no início do trabalho acerca do Serviço Social Escolar. No Estado do Rio Grande do Sul, o Serviço Social foi implantado como serviço de assistência ao escolar na antiga Secretaria de Educação e Cultura. Suas atividades eram voltadas à identificação de problemas sociais emergentes que repercutissem no aproveitamento do aluno, bem como à promoção de ações que permitissem a adaptação dos escolares ao seu meio e o equilíbrio social da comunidade escolar. Os assistentes sociais eram requisitados a intervir em situações escolares consideradas desvio, defeito ou anormalidade social. (AMARO, 1997, p. 51).
O espaço do Serviço Social no cenário educacional ainda é pouco reconhecido, mas vem sendo