Servidão Moderna

A Servidão Moderna (texto)
“Que época terrível esta, onde idiotas dirigem cegos.” (William Shakespeare)
O escravo do tempo atual é o colaborador da própria escravidão que o mantém servindo voluntariamente a um sistema totalitário mercante, baseado no desejo do consumo. O homem se tornou semelhante a uma máquina de produção e a cada dia mais procura evoluir no seu meio de sociedade buscando uma maneira de adquirir mais dinheiro. A servidão moderna é a cama onde o homem moderno se deita para dormir e depois sai para servir a um mundo onde ele mesmo já não é capaz de enxergar o que está adiante de seus olhos, “a liberdade obrigatória”.
As mesmas indústrias que destroem a natureza são as que se mostram como salvadoras da mesma e tentam impor que simples mudanças no cotidiano das pessoas seriam capazes de salvar o planeta da decadência. A produção de energia, de alimento e de lixo está acabando com o planeta, as mudanças em termos de cuidados para com a natureza planetária são superficiais. E tudo continua como era anteriormente. Para o escravo moderno não se rebelar contra o sistema consumista, houve uma inversão de valor. No passado, o trabalho era para quem não tivesse nobreza, hoje o trabalho enobrece o homem. Com esse pensamento o escravo alienou-se mais ainda. Com tanto trabalho, passam a vida a produzir aquilo que somente alguns terão direito de usufruir. Lamentável servidão! Obedecer, produzir e consumir, triste deleite.
A linguagem pode servir como uma forma de arma no gigante campo de batalha da guerra civil mundial. Trata-se de chamar as coisas por seus nomes e revelar a essência escondida destas realidades por meio da maneira como são chamadas e praticadas. Usando a democracia liberal como exemplo, a mesma é uma mera fantasia já que a organização dominante do mundo não tem nada de democrático nem de liberal. Assim, é inadiável substituir a lenda da democracia liberal por sua realidade praticada de sistema totalitário mercante e então, expandir esta