servi o social
De acordo com Martinelli (2011, p. 121-122) “o surgimento do Serviço Social no Brasil remonta aos primeiros anos da década de 30, como fruto da iniciativa particular de vários setores da burguesia, fortemente respaldado pela Igreja Católica, e tendo como referencial o Serviço Social Europeu”.
Em 1947, é aprovado o primeiro código de ética da profissão, embasado na ideologia católica, fundamentado pela filosofia Neotomista, direcionada para o processo de reordenamento da vida social, com base na filosofia do ajustamento do "caráter" da classe trabalhadora, levando em consideração que os profissionais neste primeiro momento não possuíam nenhum tipo de direito, apenas deveres, assim, a ética se caracteriza como de caráter religioso.
A década de 1960 representou um período de mudanças, inclusive na reformulação do código de 1947 para o de 1965, aprovado um ano após o golpe militar, sofrendo reflexos da ditadura. As mudanças no documento direcionam a importância de zelar pela família, visando à harmonia, o equilíbrio e a paz social (AGUIAR, 1995). Assim, carregado de caracteres da ideologia da autocracia burguesa (PAULO NETTO, 1991), o Código de 1965 consolida sua missão: conservar toda estrutura ideológica, a partir do contexto da autocracia burguesa, como forma ídeo-política do conservadorismo burguês.
Em 1980 com a aproximação da teoria de Marx e a vigência do currículo mínimo, as maiores transformações do Serviço Social se deram com a aprovação do código de ética de 1986 afirmando que a profissão é autônoma inscrita na divisão sócio-técnica do trabalho coletivo, ainda que não ocorra à ruptura com o conservadorismo, este é considerado o Código Marco da profissão. E com a promulgação da Constituição da Republica Federativa do Brasil, que ocorre no ano de 1988, a profissão caminha na construção de uma identidade profissional voltada à classe trabalhadora, assumindo uma prática mais humanizada e com maior enfoque nos direitos dos cidadãos, tendo como