Seriço social na educação
Nem tudo está perdido, dizia Paulo Freire, basta o trabalho educacional e teremos o que queremos, uma Educação verdadeira que dê conta da mudança da realidade.
(...) que saibamos que, sem certas qualidades ou virtudes como amorosidade, respeito aos outros, tolerância, humildade, gosto pela alegria, gosto pela vida, abertura ao novo, disponibilidade à mudança, persistência na luta, recusa aos fatalismos(...) abertura à justiça, não é possível a prática pedagógico-progressista, que não se faz apenas com ciência e técnica (FREIRE,1997,p. 136).
Sociedade, para Paulo Freire, não é um objeto estagnado, sem mudança. Ao contrário, é um processo em constante modificação e transição.
Sendo composta por valores, a sociedade está à mercê, durante sua existência, de uma possível degradação, chegando a um certo ponto a sofrer um momento de transição. Suponhamos a nossa sociedade brasileira com todo seu conjunto de valores, que fazem a identidade de nosso povo. Estes mesmos valores podem, aos poucos, entrarem em degradação e levarem à mudança.
Mas, há que se deixar bem claro que esta transição de alguns valores e a conseqüente aquisição de outros, não implica no esquecimento daqueles, pois “(...) todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...). Temos de saber o que fomos, para saber o que seremos” (FREIRE, 1982b, p. 33).
A sociedade , por ser constituída de valores, é capaz da alienação das consciências através destes mesmo valores, que como bem sabemos, nem sempre são valores, pois estes podem servir como suporte na perpetuação do status quo, com todas as suas implicações e justificações.
Perguntamos então, após esta compreensão de homem e sociedade, qual a ligação deste dois conceitos à educação?
Ora, a resposta é simples, pois o homem, através da educação, descobre um meio para a construção de um novo status. Este novo status deve possibilitar ao homem as mesmas condições que a classe dominante lhe impossibilitou de obter.
Esse é