Sera que
O problema do livre arbítrio é o problema metafísico de saber se a nossa vontade pode escolher livremente realizar, ou não, uma determinada ação.
Admite uma posição dualista de que há uma mente distinta do corpo, que as crenças e desejos do sujeito representam escolhas deliberadas e refletidas e que são essas escolhas que nos fazem agir de determinada maneira. A mente obedece a crenças e valores que dependem do nosso estado de conhecimento e não de causas físicas. A mente é livre. O homem, a cada instante da sua existência, pode agir e comportar-se das mais diversas formas, e é fácil perceber isso, por exemplo, enquanto escrevo este parágrafo, posso parar e beber um copo de água, ou também posso desistir desse pensamento repentino e continuar a escrever, ou ainda posso parar de fazer isto e ir ouvir música, enfim, o meu futuro imediato depende da escolha que faço instantes antes, de forma que a minha essência depende das minhas escolhas, isto é, eu sou aquilo que escolhi ser, dentro do campo de possibilidades que estava ao meu alcance.
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Seres humanos são «máquinas de escolher».
Gary Drescher, um teórico da Inteligência artificial. Ele distingue «máquinas de escolher» de «máquinas de situação-ação». Estas são construídas com um conjunto de regras que dizem «Se estiver na situação x, faça A», «Se estiver na situação y, faça B», e por aí fora. É como se tivéssemos uma lista na carteira para consultar sempre que fosse necessário tomar decisões importantes. Se existirem as condições para uma decisão particular, então agiríamos. Não saberíamos porquê. A regra afirma apenas faz.
Uma «máquina de escolher» é diferente, pois olha para o mundo e vê opções, e diz «Se faço isto, o que acontecerá?», «Se faço aquilo, o que acontecerá?», «Se fizer outra coisa o que acontecerá?». Ela constrói uma antecipação do resultado provável de cada ação, e depois escolhe com base no valor ou desvalor desse resultado.
Elas são ambas máquinas,